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Barbie (Greta Gerwig, 2023)

Foto do escritor: Carol BallanCarol Ballan

Texto por: Hanna Loureiro


Já dizia nossa querida Karen Smith "Nas quartas usamos rosa!" (Meninas Malvadas, 2004).

Nessa semana vamos abrir uma exceção e usar rosa na quinta, dia 20 de julho, quando estréia APENAS o filme do ano!

Ou vocês podem fazer como eu e separar a semana para cair de cabeça no Barbiecore.


Na Barbieland usamos rosa todos os dias e todos os dias são incríveis! Assim como esse filme.


Barbie (2023) nos leva em um passeio pela sua realidade e nos dá um senso de conforto. Achamos que sabemos onde o filme vai dar;

como ela, temos a certeza de como a história começa e termina. Já estivemos por aqui, sabemos como funciona, né?!

Não!

Do mesmo jeito que seu tombo, pés chatos e banho frio inesperado sinalizam para nossa boneca favorita que algo está mudando, percebemos logo no começo que esse filme não será o que estávamos esperando.

Com alfinetadas à Mattel que não sabemos como entraram no filme, sacadas inteligentes, diálogo maduro e questionamentos sobre a sociedade, ele é muito mais que um filme leve pra tirar nossas cabeças dos problemas do mundo. Ele pega os problemas do mundo, amarra em um laço rosa e entrega ao público que sai impactado da sala de cinema.


Não é a toa que a diretora Greta Gerwig é dona de um nome de peso em Hollywood e coleciona muitas criações premiadas e de grande qualidade, como Lady Bird (2017) e Adoráveis Mulheres (2019).

Ela tem uma delicadeza ao inserir detalhes para audiências diversas. Cinéfilos, fashionistas e amantes da boneca terão um grande trabalho para identificar os easter eggs desse filme.


São inúmeros os detalhes que satisfazem os amantes de cinema, como a recriação do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (2017) vista no teaser. Ainda ganhamos notas de Mágico de Oz (1939), Show de Truman (1998), Grease (1978), Matrix (1999), entre outros grandes títulos que arrancam risos de satisfação de qualquer cinéfilo ao entender a referência.


Uma grande coleção de referências de moda também acompanha o filme, com conjuntos da Chanel que foi uma das marcas mais usadas no filme. Captamos um tailleur (claro que da Chanel) a la Jackie Kennedy que é seguido com uma cena da Barbie com seu vestido rodado voando com o vento, como Marilyn no filme O Pecado Mora ao Lado (1955).

O figurino vem de carona nas referências de filmes e conseguimos notar looks icônicos como o de Grease. E um toque especial na cena de 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) quando Margot Robbie usa a roupa da primeira Barbie da história, feita em 1959. Só essa cena já satisfaz os amantes de Barbie, de filme e de moda numa tacada só!


E aí vai uma dica! Greta não faz nada em vão, então estejam atentos a todos os detalhes! Incluindo a trilha sonora que não está ali só de enfeite! No início do filme a cantora Lizzo nos narra sutilmente os acontecimentos, e cada música foi escolhida a dedo. No final Billie Eilish nos envolve em uma música emocionante.


Mas nem só de looks e easter eggs vive uma Barbie. O filme nos para e faz repensar a sociedade, a simbologia da Barbie e o lugar da mulher no mundo. Ele constrói Barbieland e nos faz criar uma paixão por ela, só pra sentirmos o chão sumir ao mudar tudo.

Além das surpresas, como já havia sido sinalizado por Margot Robbie, não haveria filme se não houvesse inclusão. E podemos notar realmente uma diversidade de corpos, etnias e muita representatividade.


Margot Robbie co-produtora, dona dos direitos do filme e Barbie encarnada, traz uma atuação deliciosamente artificial. A volta de Ryan Gosling cantor também é uma das diversões do filme que conta no seu elenco de peso com Will Farrel, Issa Rae e America Ferrera. Ah! E também tem o Michael Cera interpretando o simpático esquecível Allan.


É um filme inteligente com vocabulário, que as vezes é tão intelectual que surpreende os próprios personagens. Bem meta.

O encontro final traz acolhimento acompanhado de um trilha feita especificamente pra o filme que adiciona muito peso e significado a toda a viagem que fizemos.

Posso dizer que foi catártico, e que numa sala cheia de jornalistas, cinéfilos acostumados às manobras do drama, podia se ouvir mais do que algumas almas impactadas com toda a jornada.


Esse é um filme no qual você ri, saboreia com os olhos, faz questões filosóficas e se emociona junto com nosso ícone favorito.

Então coloquem sua roupa rosa e se dirijam para o cinema mais próximo! Me agradeçam depois.

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